No dia 21 de maio, o integrante de uma facção criminosa que atua no País foi preso na cidade de Água Clara, interior de Mato Grosso do Sul. Ele é o principal suspeito de um crime de homicídio doloso (quando há a intenção de matar) ocorrido em Campo Grande, no mês de janeiro deste ano. A localização e a prisão do suspeito só foi possível graças à atuação em conjunto da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Delegacia de Polícia Civil de Itaquiraí e do Departamento de Inteligência Policial (DIP).
“Muito importante essa interlocução entre os delegados de polícia, manter essa troca de informações com os colegas, não apenas entre as delegacias da Capital, mas também do interior do Estado. Isso é fundamental para que as investigações possam ter êxito e esse caso é um exemplo disso”, afirma o delegado da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Camilo Kettenhuber Cavalheiro.
As investigações começaram no dia 08 de janeiro deste ano, após a notificação do crime de homicídio cometido na Capital. O delegado Camilo Kettenhuber explica que, por se tratar de um homicídio, a investigação é prioritária. “Os crimes contra a vida são sempre uma prioridade em relação às demais investigações. Por sua natureza, chocam a comunidade local, a sociedade de uma maneira em geral e, principalmente os familiares, que buscam por uma resposta, por justiça, e isso se dá pela identificação e prisão do autor do crime”, enfatiza.
Inicialmente a polícia não tinha nenhum suspeito do crime, mas por meio de um intercâmbio com a Delegacia de Polícia Civil de Itaquiraí, que também investigava alguns homicídios na região, conseguiu-se apurar que o suspeito dos crimes de Itaquiraí seria também suspeito de ter cometido o crime em Campo Grande. Com apoio do DIP, foi identificada a localização do suspeito, que estava na casa de familiares no município de Água Clara. Em contato com a Polícia Civil da cidade, ele foi localizado e preso.
Com uma longa ficha criminal e vários casos de homicídio, o suspeito chegava a receber até R$ 15 mil para cometer um assassinato, a pedido da facção criminosa da qual faz parte. “Talvez nem todos os crimes que ele tenha cometido estejam elucidados e constem na lista, mas esse último praticado em nossa região está bem encaminhado e é uma sensação de alívio, de dever cumprido, por retirar do convívio social um indivíduo de alta periculosidade. A investigação feita de forma isenta, imparcial, tem grandes chances de dar bons frutos e é isso que a gente busca em cada trabalho realizado”, afirma o delegado da 2ª DP.
A investigação sobre o caso continua, pois o delegado não descarta a participação de outras pessoas no crime. Os próximos passos são o reconhecimento por testemunhas e eventualmente uma reprodução simulada dos fatos, para comprovar o envolvimento no crime cometido na Capital.
Crédito foto: Marcos Ermínio