Hoje, 03 de dezembro, é o dia dedicado a um dos principais nomes da Segurança Pública: o Delegado de Polícia. A data foi escolhida pelo imperador Dom Pedro II, por intermédio da Lei nº 261 de 03/12/1841, que instituiu a figura do delegado de polícia para o município da corte e de cada uma das Províncias do Império.
Para celebrar a data comemorativa, entrevistamos o Dr. Roberto Duarte Faria, Delegado Titular do município de Corguinho e responsável pela Delegacia de Rochedo. Um dos fundadores da Guarda Metropolitana de São Paulo, ele é formado em Direito, com pós-graduação em Segurança Pública, e tem formações policiais internacionais, com cursos concluídos nos Estados Unidos e França.
Servidor público estadual desde 1990, também tem formações na área policial feitas nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de ter integrado a turma de professores da Academia de Polícia de MS, formando delegados, investigadores e escrivães entre os anos de 2000 e 2001. Com atuação em diversos municípios do interior e de fronteira, foi titular e responsável das delegacias de Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã, Amambai e Corguinho.
“Gosto muito do meu trabalho. E embora ele exija muita responsabilidade da nossa parte, somados aos desafios que enfrentamos diariamente, sabemos da importância de nos mantermos trabalhando, em especial neste momento de pandemia”, relata Dr. Faria, que testou positivo para o coronavírus e chegou a ficar 60 dias afastado.
“Com essa pandemia, o serviço foi bastante afetado, muitos policiais afastados para tratamento de saúde. Eu também fiquei doente e por ter contraído o coronavírus, fiquei vários dias internado. Sou do grupo de risco e mesmo com 64 anos, diabético e com pressão continuo trabalhando, por entender a importância do nosso serviço para a sociedade”, afirma o delegado, que em razão pelo cumprimento dos deveres enquanto servidor, orgulha-se de ter sido agraciado, em 2017, com a medalha de mais de 20 anos de bons serviços prestados, um reconhecimento dado pelo governador Reinaldo Azambuja e pelo Delegado-Geral, Dr. Marcelo Vargas.
“Com a pandemia, estamos trabalhando com todos os cuidados necessários, porém os serviços atrasam. O judiciário está atendendo parcialmente, o Ministério Público também, bem como toda a Polícia. Isso faz com que as providências fiquem mais lentas. Com os policiais expostos, a nossa preocupação é grande. Mas a categoria não se isenta de seu dever. Além disso é importante reforçar os investimentos constantes do Governo do Estado, a nova turma que irá reforçar o nosso efetivo e principalmente, o apoio e a parceria do nosso delegado-geral, Dr. Marcelo Vargas, do secretário de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira e do nosso Governador Reinaldo Azambuja ”, pontua.
Quanto às motivações para tornar-se delegado, entende que, por ser uma mescla de juiz, promotor e policial, é que optou pela profissão. “O delegado tem autoridade para arbitrar fiança, para resolver sobre prisões, é um chefe de equipe de polícia, é a mais alta autoridade policial que existe e eu sempre gostei muito deste trabalho, e posso afirmar que me realizei nessa carreira”, frisa.
Fonte: Portal do Servidor