As delegadas de polícia da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) em Campo Grande, Maíra Pacheco Machado, e de Dourados, Paula Ribeiro, participaram das discussões sobre os indicadores para a atualização do Mapa do Feminicídio, edição 2021, que deverá ser lançado no dia 1º de junho. O documento é organizado pela Subsecretaria de Políticas Públicas para a Mulher, do governo do Estado.
Entre os pontos levantados como pertinentes e, portanto, que devem ser incluídos no próximo levantamento, estão a inclusão de elementos contundentes (fogo, asfixia, etc) como instrumento específico de agressão e, consequentemente, assassinato; a objetificação do corpo feminino; etnias; análise de crimes sexuais, entre outras informações importantes.
Entre os detalhes analisados, a delegada Maíra Machado ressaltou que crimes sexuais precisam de análise para o estudo, assim como outros elementos, destacando ainda o relevante trabalho de perícia para elucidação dos casos. “Assim como é de fundamental importância a conservação do local do crime”, diz.
A delegada Paula Ribeiro deu ênfase ao combate do chamado de ciclo da violência, que resulta em mortes e aumento da violência. “O ciclo da violência dura em média dez anos, muito tempo. E, como uma vez uma vítima me disse: a gente fica com o marido violento até a hora que ele bate em nossos filhos, daí damos uma vasta”, conta. A análise da delegada mostra um período muito longo de violência e que pode terminar na morte da mulher agredida. Com informações do governo do Estado.