Criado por meio de um decreto normativo, publicado no dia 07 de agosto no Diário Oficial do Estado, o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) será comandado pela delegada de polícia Ana Cláudia Oliveira Marques Medina, como diretora. Ela fala dos novos desafios à frente do Departamento e da importância da criação do órgão para o fortalecimento do combate à corrupção e ao crime organizado no Estado.
“Diante do cenário que se estabelecia, pelos resultados alcançados nas operações policiais desencadeadas pela Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado – Deco, estruturada apenas como delegacia, já vislumbrávamos que haveria a necessidade da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul focar e objetivar alguns tipos de repressão, mas de maneira qualificada, com a capacitação do seu material humano e também com a necessidade de estrutura e logística diferenciadas daquilo que nos era disponibilizado. Prova disso foi o pioneirismo que tivemos com a atuação no combate aos crimes no meio da aviação civil, com o objetivo de resguardar a segurança de voo, e que acabamos descobrindo diversos crimes conexos, como a lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, desvios de recursos públicos, entre outros”, explica a delegada.
Ana Cláudia Medina explica que o Dracco foi estruturado de maneira a atender aquilo que a Deco já vislumbrava, mas de uma forma ampliada. “Esse objetivo da Delegacia Especializada acabou casando com o programa de fortalecimento para as polícias judiciárias, estabelecido pelo Ministério da Justiça, inclusive com recursos financeiros disponíveis, desde que as unidades de polícia judiciária da federação voltassem suas ações. Assim, o Dracco foi estruturado de maneira a atender aquilo que a Deco já vislumbrava, com suas investigações pioneiras e os bons resultados alcançados, mas de uma forma mais ampliada e com mais recursos. Também conseguimos trazer para esta estrutura do Dracco a seção de operações aéreas, direcionada para execução de aviação, focada para o assessoramento das atividades de polícia judiciária. Então nós temos operações aéreas da Polícia Civil de MS, de forma exclusiva pelo Dracco, e que é voltado também como uma ferramenta primordial, inédita, tanto para a repressão do crime organizado, como também aos crimes de corrupção”, diz.
Cabe ao Departamento, entre outras competências, planejar, orientar, fiscalizar e executar as atividades relativas ao combate à corrupção e ao crime organizado; promover ações permanentes para o combate ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e à corrupção; controlar e fiscalizar o andamento dos inquéritos policiais ou de outros procedimentos previstos em lei, no âmbito de suas delegacias subordinadas, além de promover o aprimoramento de mecanismos de combate ao crime organizado e correlatos, para, efetivamente, devolver aos cofres públicos os recursos desviados.
O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado será composto pela Coordenadoria de Operações, que engloba a Seção de Análise Criminal e Operações; Seção de Assessoramento Especializado, Tecnologia Cibernética e Telemática e Seção de Operações Aéreas; Coordenadoria de Administração: Seção de Expediente e Apoio Administrativo; Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB/LD): Seção de Análise de Dados; Seção de Tecnologia da Informação.
Para o delegado-geral da Polícia Civil MS, Marcelo Vargas, essa é uma nova fase da Polícia Civil de MS nas investigações, principalmente de corrupção e de desvio de verba pública. Segundo ele, a expertise da delegada nesse tipo de investigação foi determinante para a escolha. “A Ana Cláudia Medina já tem uma experiência com a investigação do crime organizado, inclusive com curso de combate à corrupção, portanto, é uma pessoa preparada para assumir a direção do Dracco”, afirma.